Acredite. Um terço da população brasileira não utiliza a Internet segundo o IBGE/PNAD, aproximadamente 60 milhões de pessoas. A principal atividade econômica do país, o agronegócio, que é responsável por 23,5% do PIB, acaba sendo o principal prejudicado nessa história.
Pesquisa realizada pela Art Presse – agência de Relações Públicas em São Paulo – por encomenda da Elsys, empresa brasileira com tradição no mercado de eletroeletrônicos, telecomunicações e de inovação em conexão, mostra que o sinal da internet no campo é regular para 40% dos respondentes, ruim para 38,46%, inexistente para 9,23%, boa para 7,29% e ótima para 4,62%
6 coisas que você tem de saber
A pesquisa levantou seis grandes áreas que são mais prejudicadas pela deficiência de acesso à internet
– Comunicação: A conexão falha ou inexistente com a Internet atrapalha diretamente o agronegócio, na medida em que os gestores do agronegócio não conseguem se comunicar adequadamente com seus clientes e fornecedores.
– Previsões climáticas: Os gestores reclamam que sem conexão com a Internet não conseguem obter informações meteorológicas.
– Segurança: este problema, que afeta as grandes cidades, também chegou ao campo.
– Monitoramento: a turma do agronegócio precisa ter acesso a câmeras instaladas em pontos remotos para poder acompanhar as plantações e gado. Há cada vez mais aplicativos que auxiliam nestas tarefas, mas sem conexão não há condições de utilizá-los.
– Comercialização (1): os executivos do agronegócio dizem que têm de ofertar seus produtos por site ou apps e que precisam de conexão para este fim.
– Comercialização (2): os gestores do agronegócio compram e vendem e para isso querem utilizar máquinas de débito e de crédito para realizarem as transações.
A saída encontrada por muitos gestores é a estrada: abastecem os notebooks com as informações e depois chegam aos arredores das cidades onde encontram sinal de 3G ou 4G para concluírem as operações, assim que encontram conexão com a Internet.
Aplicativos mais utilizados
A pesquisa ouviu 77 agricultores e pecuaristas da base de dados do Canal Rural, a maior comunidade do agronegócio no país. Os respondentes, localizados em 12 estados brasileiros (SP, SC, GO, PR, RS, MT, MS, MG, RN, TO, BA e RO), atuam no setor agrícola e pecuária (ou ambos), são donos, executivos, desenvolvedores de tecnologia (agritech) ou prestadores de serviços.
Os principais aplicativos apontados pela pesquisa como sendo fundamentais para o negócio foram o Whatsapp, e-mail, e os ligados à meteorologia, notícias e cotação de preços.
A falha na conexão com a Internet acaba resultando, segundo os respondentes, em uma série de problemas como perda ou atrasos na realização de negócios, emissão de dados, registro animal, comunicação e transmissão de imagens e dados, perda de tempo (obriga-os a se deslocar para os grandes centros para resolver problemas ou a fazer anotações para lançamentos futuros em locais onde haja conexão estável), embarque e retirada de GTA (Guia de Trânsito Animal), acesso a ferramentas bancárias, consultas de preços de insumos e valores de grãos, bem como utilização de ferramentas de rastreadoras para retirada de anexos para embarque.
Tipos de conexão
O principal tipo de conexão no campo vem de provedores de acesso de Internet via rádio (28,57%) seguido da rede 3G oferecida pelas operadoras móveis (22,08%), banda larga via satélite (16,88%), banda larga fixa (6,49%), rede móvel 4G (3,9%), GPRS (2,6%); 15,58% dos respondentes disseram não possuir nenhum tipo de conexão.
Os principais provedores de conexão de Internet apontados pelos gestores do agronegócio são Vivo (32,3%), seguido de HughesNet (16,9%), TIM e Claro (7,7% cada) e Oi (6,2%). Os outros 29,2% utilizam provedores regionais.
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