A Depressão é um mal que acomete milhões de pessoas no mundo inteiro e apesar do crescente discurso de conscientização, continua sendo um assunto que é tratado como tabu ou muito mal interpretado.
A verdade é que enquanto pessoas evitam falar sobre isso ou menosprezam quem tem, as verdadeiras vítimas continuam sofrendo, e muito. Assim como quem convive com quem sofre, os cuidadores.
Verdadeiros heróis invisíveis que preferem a melhora do outro do que o sentimento egoísta de apenas “parecer uma boa pessoa”. Que optam pela relação empática do que se resguardar em uma simpatia insegura.
Um vídeo muito bonito da Brene Brown é ilustrativo disso.
No vídeo, três personagens exploraram diferentes papéis diante da dor: quem sofre, quem acha que está ajudando e quem se vulnerabiliza e solidariza por quem sofre.
A dor é um processo de crescimento, mas não, o sofrimento não deve ser romantizado. Tampouco ser sublinhado sob uma atmosfera de ignorância, porque “melhor falar do que fingir que não acontece”. No fim, devemos, como o urso, não procurar a melhor coisa para dizer. E sim, estar do lado de quem recebe o impacto e escutar muito mais do que achar que estamos ajudando ao falar sem a intenção genuína de promover qualquer coisa — chame de cura, saúde ou o que for —, senão um espaço em que a pessoa pode ser quem ela é.
Sem isso, qualquer passo seguinte é vacilante e estereotipado.
Sem isso, corremos o risco de marcar um egoísmo de altruísmo.
Foto: Brené Brown on Empathy
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