Acessibilidade online para as plataformas é um dos assuntos mais comentados entre educadores e instituições da área. Porém, as empresas ainda não estão dando a devida atenção ao tema.
Pesquisas apontam que enquanto há um maior interesse em adotar os padrões de acessibilidade na web, muitos negócios não possuem ferramentas e conhecimento necessário para implementar as medidas necessárias de forma rápida e eficaz. Julgam um investimento de baixo valor por falta de informação.
Técnicas e processos de acessibilidade mudam e evoluem constantemente, sempre procurando deixar espaços – digitais e físicos – inclusivos para um número de pessoas cada vez maior. Com a tecnologia avançando de maneira dinâmica, é necessário que equipes de desenvolvimento e gestão estejam preparadas para as diferentes demandas que esse assunto pode requerer, como: flexibilidade e adaptação.
Porém, há de se observar com cautela, que diferentes lugares do mundo possuem padrões e regulamentações regionais para acessibilidade, além de fatores culturais e expressões de linguística que variam de acordo com a localização. Deste modo que, a constante atualização da matéria também é vital para o sucesso do projeto.
Mas, como se adaptar – verdadeiramente – para todos?
Grupos diversificados de pessoas requerem atenções especiais e, portanto, estudos, testes e aplicações são feitos para que se possa atender a todos de maneira igualitária e eficiente. Então, vamos lá:
Primeiro segredo: diversidade dentro do time! A inclusão deve acontecer de dentro para fora no projeto.
Sabemos que nem sempre isso é possível. Uma alternativa é que em projetos de menor escala, o simples encorajamento da iniciativa, propulsiona mudanças consideráveis no negócio. Ou seja, a apuração de ideias para criação de melhores condições de atendimento é fundamental – analisar desde o início do primeiro contato até, eventualmente, evoluir para outros campos de alcance.
Apenas, exige-se da empresa uma coordenação hábil entre a gestão administrativa e a equipe de desenvolvimento, esta que irá oferecer consultoria e sugestões durante a construção e acessibilidade da plataforma.
Segundo segredo: saber mesclar os objetivos do negócio com acessibilidade. Se pudermos amarrar a tecnologia acessível aos objetivos, visão e estratégias da plataforma, o desenvolvimento será realizado de maneira linear, facilitando e garantindo suporte a parceiros indispensáveis.
Permitindo, assim, que a acessibilidade estratégica seja alinhada com as metas de crescimento do negócio de maneira contundente. Pois, uma estratégia tão importante não pode depender somente de dados numéricos, e sim da harmonia entre toda a força de trabalho que atuará no projeto, partilhando incumbências.
Nesse caso, mais uma vez, sugere-se a empresa, a elaboração de uma metodologia de desenvolvimento ágil, que seja capaz de produzir alta performance, com campos de maior necessidade sendo atendidos, prazos de entrega mais curtos e uma equipe flexível que se prontifica a atender as diferentes demandas que são encontradas ao percorrer do desenvolvimento.
Terceiro segredo: se é bom para todos é bom para a empresa!
Trabalhando com acessibilidade desde 2016, indentifiquei que, ao incluir, aumenta-se o público potencial da marca (como disse no artigo https://jornal140.com/2019/07/11/o-mundo-digital-nao-atende-os-deficientes-no-brasil/). A título de exemplo, a nossa cliente, Empresa Talento Incluir, obteve um crescimento orgânico de 386% em visualizações de páginas em apenas 2 anos!
Vejam o potencial! Até o google está ranqueando melhor os sites de empresas que aplicam boas práticas de acessibilidade.
Quarto segredo: Desenvolver um plano de ação flexível é essencial para implementar elementos de acessibilidade que englobam diferentes tipos de pessoas e a responsabilidade de uma análise aprofundada sobre o caso e suas distintas aplicações, tornam-se substanciais para um planejamento lógico e conciso.
Como dito, uma plataforma mais acessível não é apenas um trabalho para a equipe de desenvolvimento, e sim um papel que requer a participação e envolvimento de todos os outros setores.
Por exemplo, a Equipe de Marketing precisa estar ciente das necessidades especiais ao criar o conteúdo para a marca, estabelecendo padrões que comportem a acessibilidade desde o design, texto, mídia ao esquema de cores e composições da disposição dos elementos, visuais ou não. Equipes de Teste de Qualidade ficam responsabilizadas por parte da aprovação e validação, garantindo que todo o material – da plataforma ao conteúdo promocional, e à demais mídias – estejam unificados em um mesmo padrão e atendem as exigências estabelecidas. Equipes de Recrutamento por sua vez, incorporam habilidades acessíveis em seus perfis, estabelecendo a visão da empresa e fortalecendo a marca.
Quinto e último segredo: Estratégias de acessibilidade podem ser incorporadas em basicamente qualquer orçamento desde que bem planejadas. É da empresa, a versatilidade de assumir o escopo necessário e um ponto inicial.
Desde o início, podemos estabelecer quais elementos que frequentemente ocorrem e qual o público-alvo que mais carece em determinadas conjunturas.
A fim de fortalecer a marca, revisões e processos orçamentários são necessários. Verificando quais políticas irão mudar, o tempo requerido para que essas implementações sejam feitas e o custo; Isto é, onde esses fatores, embora importantes na tomada de decisão de gestores, terão o suporte da equipe de desenvolvimento que dará consultoria e sugestão sobre os próximos passos.
O ganho é ato consequencial, pois com uma plataforma mais inclusiva, acessível e que abranja o público universal, a internet se torna um espaço com maior oportunidade negocial.
É uma dinâmica certeira e muito promissora, siga esses cinco segredos e verá resultados responsivos.
Está na hora de encarar a realidade e deixar de enxergar acessibilidade apenas como uma causa social, mas sim, como um braço estratégico de grande importância para o seu negócio.
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