Comunicado distribuído pela fabricante de aeronaves comerciais Airbus informa que a frota em operação na América Latina crescerá das 1.460 aeronaves atualmente em operação para 3.000 nas próximas duas décadas. Do total de 2.700 novas aeronaves previstas para os próximos 20 anos, 1.160 substituirão aeronaves existentes de gerações mais antigas e 300 deverão permanecer em operação.
Ainda segundo o press release da companhia, que transcrevemos trechos a seguir, o crescimento se deve para atender ao crescimento do tráfego aéreo. De acordo com previsão do mercado global da Airbus (GMF), a região da América Latina e do Caribe precisará de 2.700 novas aeronaves de passageiros e cargueiras, das quais 2.400 são da categoria Pequenas, como aeronaves de corredor único, e 300 da categoria Médias ou Grandes ou de fuselagem larga.
O mercado está contratando também. A Airbus prevê a necessidade de 47.550 novos pilotos e 64.160 técnicos a serem treinados nos próximos 20 anos na América Latina, representando 9% da demanda global por pilotos e 10% da demanda global por técnicos. Essa previsão representa uma receita de US$ 268 bilhões para o mercado de serviços da América Latina.
O tráfego de passageiros na América Latina dobrou desde 2002 e deverá continuar a crescer nas próximas duas décadas – passando de 0,43 viagens per capita em 2018 para quase 0,86 viagens per capita em 2038. As taxas de viagens no Brasil, México e Colômbia lideram esse crescimento do tráfego de passageiros, gerando 71% do tráfego adicional desde 2002. No Chile, no mesmo período, o tráfego deverá crescer de 0,89 para 2,26 viagens per capita.
Ainda de acordo com o comunicado, o aumento da tendência por viagens de avião será impulsionado pelo crescimento da classe média — que saltará de atuais 410 milhões de pessoas para 560 milhões em 2038, ou 74% da população – e pela evolução dos modelos de negócios das companhias aéreas, tornando as viagens aéreas mais econômicas e acessíveis.
O tráfego de origem e destino (O&D) na América Latina deverá aumentar significativamente nos próximos 20 anos, crescendo 4,2% ao ano. O tráfego doméstico e dentro da América Latina e Caribe crescerá a uma taxa ainda mais alta de 4,4% ao ano, impulsionado pelos mercados domésticos, que representarão 62% do tráfego adicional até 2038. Esse crescimento gerará 433 milhões de passageiros adicionais até 2038.
** É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita. O Jornal 140 não se responsabiliza pela opinião dos autores deste coletivo.