O futuro chegou mais cedo do que todos imaginavam. Se achávamos que seria necessário implementar a gestão à distância, estruturas que possibilitem o trabalho remoto, que a tecnologia começaria a substituir diversas atividades apenas em um futuro distante, pois bem, esse futuro chegou. E para a alegria ou tristeza de alguns, essa é uma questão que não pode ser ignorada. Todo o caos que a pandemia trouxe junto à quarentena apenas acelerou e deixou mais evidente o fato de que precisamos nos reinventar e agora. Estejamos preparados ou não para inovar produtos e serviços ou entrar no mundo digital.
Nesse cenário, mesmo empresas que estavam decolando no mercado precisam encontrar formas de se transformar e se adaptar em alguma dimensão. Já aquelas que achavam que poderiam postergar essas novas demandas, hoje veem que esse olhar é mais do que estratégico, é necessário para sobreviver.
O futuro do trabalho de acordo com o World Economic Forum
O relatório The Future of Jobs (O Futuro do Trabalho), divulgado pelo World Economic Forum, já apontava as principais tendências como a adoção de novas tecnologias, a robotização e demandas por novos cargos. Segundo o relatório, até 2022 cerca de 133 milhões de funções poderão ser criadas como resultado de uma nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos. Ao mesmo tempo, 75 milhões de empregos poderão ser substituídos.
Entre os cargos mais demandados até 2022 estarão analistas e cientistas de dados, desenvolvedores de softwares e aplicativos, especialistas em comércio eletrônico e mídias sociais. Também funções que evidenciam as habilidades humanas, como atendimento ao cliente, vendas, marketing, treinamento e desenvolvimento. Haverá ainda uma grande demanda de especialistas em IA e machine learning, big data, analistas de segurança e engenheiros em blockchain.
Como reagimos às transformações que impactam a nossa carreira e negócios
Quando olhamos para as crises, as mudanças de mercado e as transformações tecnológicas, sociais e culturais acontecendo à nossa volta, temos três opções: ignorá-las, acompanhá-las ou antecipá-las. Ignorá-las com o pensamento de que as mudanças não afetarão o nosso negócio e que está tudo bem deixar para inovar depois. O famoso deixo a vida me levar. Acompanhá-las no sentido de buscar se atualizar e olhar para o mercado para não ficar para trás. Antecipá-las com a visão voltada para o futuro, para as pesquisas e tendências não só do próprio negócio, mas do segmento, do mundo e do foco nas pessoas.
Finalizo meu texto com uma reflexão para organizações, empreendedores, autônomos e profissionais em geral: pensando em carreira e negócios, qual das três opções faz parte da sua realidade hoje?
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