O que fazer quando o fechamento do comércio é novamente prorrogado em diversos estados .e municípios brasileiros ainda sem uma regra clara e ordenada de saída em fases?
Tais incertezas diante de um momento grave no combate à Covid-19 criam cada vez mais dúvidas principalmente nas pequenas e médias empresas .
Para os estados e municípios que decidirem prorrogar deveriam apresentar um planejamento estratégico de saída como fez recentemente o governo de Portugal, com base nos leitos disponíveis em cada região, e com monitoramento diário do seu limite de ocupação, assim como funcionam os sistemas de reservas dos hotéis na internet .
Avaliamos que para se ter um plano de saída sustentável tanto para a economia como para a saúde pública seria necessário haver uma testes em massa da população. O que não ocorreu até o momento por uma série de dificuldades, inclusive de falta de insumos para fazer tais testes.
Varejo e pequenos negócios
Nessa situação de incertezas e sem previsibilidade, estudo recente da consultoria MacKensy Internacional entre os mais de 30 países pesquisados o Brasil é uma das nações mais preocupadas com o impacto da crise, inclusive se comparados aos nossos vizinhos latino-americanos: nada menos que 82% da população compartilha de um sentimento geral de insegurança e pessimismo.”
Cerca de 60% dos consumidores declararam ter tido sua renda afetada, e 3 em cada 4 já estão cortando gastos. Pensando à frente, a expectativa da maior parte dos brasileiros (60%) é que os impactos da crise nas finanças durem mais de 4 meses; 50% já estão preocupados em perder o emprego.
Com base nesse cenário é chegada a hora de reinventar e criar os novos modelos de negócios! Como por exemplo : introduzir os pontos de Locker para operação com empresas de delivery com a introdução de vale digitais de compras on line nas lojas dos Shopping Center.
Locker Points operam de forma exitosa em Portugal, antes mesmo do coronavírus , devido a ausência de portarias na maioria dos prédios residenciais. Já existem empresas especializadas na gestão dos sistemas consolidadores de entrega dos diversos lojistas dos Shoping Centers os chamados ” In-mall Consolidation Centers ” que transformam os Shopping Centers num delivery de verdade sem o tráfego direto na lojas .
Uma outra forma é estimular os Social Sellers ( vendedores por meio de mídias sociais) como no clássico modelo de vendas diretas via catálogo , agora transformados em catálogos digitais . Modelo pioneiro no Brasil nos clássicos vendas da Avon e Natura porta a porta .
Ao lado disso temos os smartphones como portas digitais que podemos bater com o click! Nos Estados Unidos os modelos exitosos de catálogos da Sears desde os tempos da corrida do ouro e o delivery via ferrovias .
Vejo uma grande oportunidade de transformar os restaurantes em serviços de ” Dark Kitchers ” uma revolução no mercado de Food Service, assim como estruturar os Market Places de Whats App Commerce como mini galerias digitais ou bancas de feiras digitais.
Um belo desafio para os Sebraes estaduais e Fecomercios liderarem esse movimento de transformação digital na prática via aplicativos simples via celular , abundantes nos mercados .
Dark kitchen”, também conhecida como restaurante fantasma, ou restaurante virtual ou ainda, ghost restaurant, é um estabelecimento de serviço de alimentação que oferece apenas comida para delivery . O delivery nesse momento decrescimento de forma exponencial.
Em outras palavras, essas empresas não têm salão de mesas . É um negócio apenas de entregas e está estritamente alinhado com os novos serviços de entrega de comida online.
Esses restaurantes fantasmas não têm uma loja, de modo que os clientes não podem comprar seus alimentos pessoalmente. As “dark kitchens” entregam comida diretamente aos seus clientes, muitas vezes através do uso de serviços de entrega terceirizados.
Um grupo de restaurantes diferentes pode operar na mesma “dark kitchen” compartilhada, com o objetivo de cozinhar alimentos puramente para delivery. Simples , fácil e rápido.
Vale digital e transparência
Os governos estaduais e municipais estenderam a quarentena e poderiam dar uma exemplar contribuição ao substituir a distribuição de cestas de alimentos em sacos plásticos por vale alimentação em cartões ou via smartphones que permite a compra no mercado Local em pequenos comerciantes de mercadinhos, açougues, padarias , barracas de feira livres digitais e em pequenos hortifrutis.
Um incentivo aos pequenos negócios ” pequenos compram de pequenos ” .
Entendo que os governos ao insistirem em realizar compras de cestas básicas em saco plásticos beneficiam os grandes atacadistas e estimulam aglomerações e pode agravar a transmissão do vírus nessas embalagens .
E num paradoxo fecha o comércio, mas promove aglomerações para recebimento dessas cestas básicas com produtos de marcas desconhecidas e muitas vezes com prazo de validade próximos de vencimento .
Ao instituir uma distribuição digital também evitaria a dúvida política sobre essas megas compras muita vezes sem licitação, segundo recentes denúncias veiculadas na grande imprensa. Seria um choque de transparência também na gestão pública que vive uma crise de desconfiança em suas ações.
Simples Assim! ” Não se chega a novas descobertas com mapas antigos ” ! Crie novos mapas. Essa visão que me move nesse momento!