Ainda que a o documentário fale sobre a trajetória da dinastia do Chicaco Bulls na NBA, ele é narrada pelo Michael Jordan e para o Michael Jordan. Partindo dessa idéia fica difícil não falar do “homem”, porém fica repetitivo para quem conhece e viveu à época, como provoca um gostoso bate papo com quem está conhecendo de fato, agora, quem foi Michael Jordan.
Quem não conhece muito bem MJ por não se atrair muito por esportes, principalmente basquete, ou é muito novo mesmo, talvez a maior referência sobre o nome seja a icônica linha Air Jordan da Nike, que vende E MUITO até hoje sendo um dos braços mais poderosos da Nike.
Mas o que falar de um homem que rompeu todas as barreiras possíveis no seu esporte? Falar do atleta? Falar do Homem? Não dá para separar, a personalidade forte e vencedora do Michael Jordan não fazia distinção do homem para o atleta, ele era um perfeccionista e se manteve em forma para ser perfeccionista. Não aceitava derrota nem desafios, não permitia corpo mole nem espirito de derrota, era a referência e se portava como tal, sabia da sua importância e usava disso para motivar ou destruir quem estivesse no seu caminho, e além de todos os esses fatores externos, pois é algo que ele desenvolveu ao longo da vida… Ele ainda tinha o dom de jogar basquete. Era uma maquina que só melhorava, ele conseguiu a façanha de ser MVP e Melhor jogador de defesa na mesma temporada de 1988, naquela época, enquanto atletas extraordinários da NBA tinham média de 30, 35 pontos por partida, o Michael Jordan não fazia menos que 40.
Ai você pega o homem e joga ele num time que o acolheu, precisava se reinventar e fez ele se apaixonar, mistura com um técnico que soube domar a fera sem ser invasivo e mostrou que se o Michael Jordan jogasse para o time, o time jogaria para ele, aliás, essa foi a grande façanha do Phil Jackson. Ter esse tato para lidar com o homem sem melindrar e trazer o time para entender o conceito. E qual era esse conceito? Não entrar na frente do Michael Jordan porque ele nunca aceitaria menos que vitórias e conquistas.
Só que um time tem mais pessoas, e gerir uma estrela do calibre do Jordan e ao mesmo tempo trazer o time para o ritmo dele, funcionou e funcionou muito bem como uma organização, equipe, mas puniu severamente atletas que em qualquer outro cenário ou time seriam superestrelas, Scottie Pippen foi considerado o 2º melhor do mundo por muito tempo e nunca teve rendimentos como tal, mas jogou para o time, ganhou 6 campeonatos experimentou o sabor da vitória mais vezes que outras superestrelas dos outros times, assim como Horace Grant, John Paxson, Ron Harper, Steve Kerr, Tony Kukoc, Dennis Rodman.
Temos elementos para escrever um livro sobre o Michael Jordan e o Chicago Bulls de 1990 à 1998, porém podemos fixar somente numa pequena percepção, que é:
– Um atleta excepcional (MJ) + Um líder como Phil Jackson, sensível e que conhece todas as suas peças e extrai o que tem de melhor de cada uma = Time imbatível;
O Michael Jordan é de outro mundo. Mas ele não chegaria em lugar sem aquele time, a importância da equipe para a carreira e vida dele foram determinantes para ser tudo que foi até hoje.
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