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Home Cultura Literatura

10 livros de autores do Nobel

Confira, além da história da premiação, indicações de obras de autores laureados

Paula Akkari Por Paula Akkari
19/10/2020 - 14:33
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10 livros de autores do Nobel

Foto: Toni Morisson / Divulgação

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O Prêmio Nobel é considerado o mais prestigiado galardão nas áreas de literatura, medicina, física, química e ativismo pela paz.

Sua história origina-se após da morte do cientista sueco Alfred Nobel (1833-1896), que em seu testamento deixou a maior parte de sua fortuna à fundação homônima que recompensaria aqueles que servirem à humanidade. Cinco anos depois, a premiação teve início. Posteriormente, em 1969, o Banco Nacional Sueco instituiu o Nobel de Economia.

As entidades que concebem o prêmio recebem indicações de professores, cientistas e políticos de diversos países, daí formulando a lista de indicados, que permanece secreta por 50 anos. Ela é discutida entre membros da Academia Sueca, Academia Real Sueca de Ciências, do Instituto Karolinska e do Comitê Norueguês do Nobel.

A premiação atualmente consiste em oito milhões de coroas suecas (1,260 milhão de dólares), uma medalha de outro e um diploma. Os vencedores são anunciados em dias diferentes do mês de outubro. A entrega ocorre no dia 10 de dezembro, data de nascimento de Nobel. O da Paz é entregue pelo rei da Suécia e os demais pelo rei da Noruegua.

A seguir, falamos do Prêmio de Literatura. Apesar de ser politicamente criticável, segue relevante para, além de promover o reconhecimento da área, estimular os escritores a darem continuidade a suas atividades.

A premiação foi concedida a 117 autores e recusado por um, Jean-Paul Sartre, em 1964. A primeira foi ao francês Sully Prudhomme, a mais recente à estadounidense Louise Glück, em 2020.

Enfim, para conhecer uma parte das obras dos laureados, seguem indicações de 10 livros de diferentes gêneros:

As Intermitências da Morte – José Saramago

Citação: “Com parábolas portadoras de imaginação, compaixão e ironia torna constantemente compreensível uma realidade fugidia.”

O autor português, laureado em 1998, é o representante da língua portuguesa no Nobel.

A obra tem início com após um dia em que, em um país fictício, as pessoas deixaram de falecer. As repercussões da suspensão do trabalho da morte foram diversas aos indivíduos e às Instituições, assim como as expectativas sobre seu retorno.

Fiel ao sarcasmo, o autor promove reflexões existenciais, expandindo-as com um pensar sobre a organização da sociedade moderna e suas relações com o Governo, a Igreja e a subjetividade de cada sujeito.

O Diário de uma Boa Vizinha – Doris Lessing

Citação: epicista da experiência feminina que, com ceticismo, ardor e poder visionário sujeitou uma civilização dividia ao escrutínio.”

A escritora laureada em 2007 publicou alguns livros com seu pseudônimo, Jane Somers.

É o caso deste. Ele relata a história (ficticiamente) autobiográfica da jornalista Jane, que se aproxima da solitária senhora Madie Fowler e com ela constrói uma relação de amizade e troca de experiências. É interessante contatar o que o relacionamento mobiliza em cada personagem.

A narrativa, que tem a temática da velhice como a mais impactante, externa as delicadezas da escuta e do cuidado.

A Casa das Belas Adormecidas – Yasunari Kawabata

Citação: “por sua maestria narrativa, que com grande sensibilidade expressa a essência da mente japonesa.”

O gigante escritor japonês, laureado em 1968, foi o primeiro nome da literatura nipônica a receber o prêmio.

Na obra ambientada no Japão pós segunda guerra, o autor dá vida ao velho Eguchi, um senhor de 67 anos que, por indicação de um amigo, começa a frequentar uma casa em que os clientes dormem ao lado de moças sedadas.  Confrontado com a juventude das mulheres, o protagonista lembra de seu passado e reflete sobre memória, nostalgia e proximidade do fim de sua vida.

No mais, o erotismo é um tema persistente na narrativa, de forma que são circunscritas considerações sobre a sexualidade e suas dinâmicas de poder e a sensualidade e sua (não) suposição na terceira idade.

O Olho mais Azul – Toni Morrison

Citação: “que em romances caracterizados por força visionária e lastro poético, oferece vida a um aspecto essencial da realidade dos Estados Unidos.”

A escritora, professora e editora estadunidense, laureada em 1993, foi a primeira mulher negra a receber o prêmio.

Este, considerado um de seus livros mais impactantes, foi seu romance de estreia. Ele narra a história de Pecola Breedlove, uma garota que era maltratada pelas pessoas com quem convivia devido ao fato de sua pele ser negra retinta e seu cabelo mais crespo que o dos demais. Nesse contexto, desenvolveu um sentimento que se tornou manifesto na forma de desejar ter olhos azuis como o das mulheres brancas que considerava belas.

Assim, tocando em temas como machismo, padrões de beleza e vulnerabilidade social, a obra possui imensa potência antirracista.

O Lobo da Estepe – Hermann Hesse

Citação: “por seus escritos inspirados que, enquanto crescem em audácia e penetração, exemplificam os ideais humanitários clássicos e as altas qualidades de estilo.”

O autor suíço, que escreveu na língua alemã, foi laureado em 1946.

Trata-se de sua obra mais pessoal. Ela retrata a história de Harry Haller, homem angustiado, deslocado do mundo burguês que o rodeia. Ele se intitula um lobo da estepe, animal extraviado, desabrigado.

A triste e encantadora narrativa é repleta de filosofias e simbolismos, revelando-se sincera quanto aos mistérios e sofrimentos da vida.

Um, Nenhum e cem mil – Luigi Pirandello

Citação: “por sua revitalização arrojada e engenhosa da arte dramática e cênica.”.

O dramaturgo, romancista e poeta italiano foi laureado em 1934, dois anos antes de falecer.

O livro trata da jornada de Moscarda, narrador-personagem, em busca de seu eu. Seus dilemas identitários são apresentados de maneira filosófica e um tanto cômica.

Malone Morre – Samuel Beckett

Citação: “pela sua escrita, que — em novas formas para o romance e drama — na destituição do homem moderno adquire sua elevação.”

O escritor e dramaturgo irlandês escreveu em inglês e francês. Fundador do teatro do absurdo e considerado um dos últimos modernistas, foi laureado em 1969.

A obra é um fluxo de consciência do inválido Malone, institucionalizado em um asilo ou hospital. Enquanto descreve seu cotidiano difícil e solitário, no qual mal vê a janela, conta histórias que não revela serem biográficas ou fictícias.

Depressões – Herta Müller

Citação: “com a densidade da sua poesia e franqueza da prosa, retrata o universo dos desapossados.”

A escritora romena de língua alemã, hoje radicada em Berlim, foi laureada em 2009.

O livro reúne contos ambientados em uma aldeia no Banat, região limítrofe da Romênia com Hungria e Sérvia. A atmosfera das narrativas é caracterizada por luto, violência e desesperança – assim trazendo uma ambiguidade entre o título, que se refere à geografia e ao humor do local descrito.

A guerra não tem rosto de mulher – Svetlana Alexijevich

Citação: “pelos seus escritos polifônicos,um monumento ao sofrimento e à coragem em nosso tempo”

A escritora e jornalista, nascida na Belarus, foi laureada em 2015.

O livro dá voz a mulheres que gritavam sobre um assunto majoritariamente entendido sob o ponto de vista masculino: a Segunda Guerra Mundial. Assim, narra histórias daquelas que lutaram no Exército Vermelho, tanto na retaguarda quanto na linha de frente. É, portanto, um testemunho de narrativas que abordam diversas violências e muitos medos, principalmente relacionados à morte.

Poemas – Wislawa Szymborska

Citação: “pela poesia que, com precisão irônica, permite que contextos históricos e biológicos venham à tona, em fragmentos de realidade humana”

A escritora polaca, conhecida como “poeta da consciência do ser”, foi laureada em 1996.

O livro, a primeira coletânea de suas poesias em português, é uma bela apresentação à obra da artista, cuja função, segundo ela, é perguntar o sentido das coisas.

Tags: Doris LessingHermann HesseHerta MüllerJosé SaramagoLuigi PirandelloPrêmio NobelSamuel BeckettSvetlana AlexijevichToni MorrisonYasunari Kawabata
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Paula Akkari é graduanda de psicologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e escritora.

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