A pandemia do coronavírus mudou em quase todos os setores da economia os seus modelos de negócios. Nesse contexto, um dos mais prejudicados com a Covid-19 foi o segmento de restaurantes e bares. Para se reinventar grande parte deles começou a impor em suas estratégias de sobrevivência as cozinhas secretas ou como são conhecidas em outros países as “Dark Kitchens“, espaços que oferecem comidas de diferentes origens para os consumidores sem a presença do salão.
Esse novo modelo de cozinhas sem salões e especializados somente em entregas não é novidade em alguns países, principalmente nos Estados Unidos, onde é um sucesso há anos. As cozinhas são feitas especialmente para atender os clientes dos aplicativos de entrega de comida como, por exemplo, IFood, Rappi, Uber Eats, entre outros. Mas também fizeram ressurgir os Food Trucks, como um modelo de “Dark Kitchen” móvel, que funcionam em grupos criando um centro de delivery comum compartilhado com as empresas de entrega que passam a atender esse grupo também.
Durante a pandemia, em alguns mercados já consolidados como em São Paulo, empreendedores chegaram a aumentar suas vendas com o delivery em 50%, segundo a Abrasel – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. Redes como a Cloud Foods começou com quatro marcas próprias: Yakisoba Panda, Puka Poke, Temaki Kaze e Açaí da Aracy e hoje já pensa expandir para outras marcas. Um exemplo de sucesso!
Dados publicados em reportagem na revista Pequenas Empresas Grandes Negócios aponta que o delivery cresceu nos últimos anos: só em 2019, o faturamento desse canal no mercado brasileiro foi de cerca de R$15 bilhões, de acordo com a Abrasel – um crescimento de 20% em relação ao ano anterior. Diz trechos da reportagem que essa tendência, atrelada à pandemia e a necessidade de reduzir custos fez com que 9% dos restaurantes acelerassem a operação de “Dark Kitchens” entre julho e agosto deste ano, segundo um estudo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR) e da consultoria especializada em food service Galunion.
No Recife, alguns exemplos começaram a surgir, o que pode indicar uma nova tendência e se tornar outra forma dos restaurantes expandirem seus negócios. É o caso do Hub Food Recife, Aika Sushi e o Dom Black. As “Dark Kitchens” representam uma disrupção no modelo de delivery. Como negócio é uma grande oportunidade de transformar os restaurantes em serviços de “dark kitchen”, o que seria uma revolução no mercado de food service, assim como estruturar os marketplaces de WhatsApp Commerce como mini galerias digitais ou bancas de feiras digitais.
Last Mile
Não menos importante, ou até mesmo uma forte tendência, é a tarefa de fazer chegar os pedidos e os produtos de forma correta na mão do consumidor. Neste caso, a logística ganha um diferencial no negócio. Não estamos falando aqui de apenas ter entregadores no tempo certo e em quantidade suficiente resolveria o problema, pois os pedidos são feitos em múltiplas plataformas com as já citadas anteriormente. É preciso ter uma logística de entrega que funcione como um Hub para todos os canais de vendas, seguindo um modelo lógico.
Já existe no mercado uma plataforma inovadora de solução de logística: a SODE, Soldados de Entrega, que agrega há cinco anos valor a redes de restaurantes como China in Box e Coco Bambu, em todo o Brasil.
No Recife, posso citar a Hub Food. Um exemplo de eficiência e funciona como uma Cloud Kitchen, com atendimento diferenciado de entrega para várias marcas. Outro diferencial da Hub Food é a consolidação de canais próprios de venda para não ficar dependendo exclusivamente das plataformas, ou seja, a Hub Food tem seu próprio aplicativo e site, e funciona como um guarda chuva para as marcas. Isso maximiza o negócio criando seu atendimento pelo Whatsapp com bot, que é o Foodsgo, sem nenhuma interferência humana e tudo chega rápido, eficiente, e pelo sistema.
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