Foram diversas conversas com profissionais que tem como auxílio as mídias digitais para o trabalho, alguns, inclusive vivem apenas do serviço digital e utilizam desse meio para validar e valorizar os próprios conhecimentos. Temos uma ambiguidade enorme neste meio: pessoas que migraram para o digital para conseguirem se manter, e os que já estavam no digital e precisaram fortalecer sua marca com o objetivo de manter a condição de trabalho, e temos também a era das oportunidades. Vi inúmeras pessoas crescerem, mostrando resultados através da construção de uma marca pessoal forte, auxiliando quem estava chegando, e principalmente: se importando em instruir quem chegava, mas, eu também me deparei com pessoas extremistas, querendo a todo custo empurrar um curso, uma webinar, um material inacessível – e nada conveniente com o período em que vivemos – e nesse meio, nós, segurando a corda como dá.
Se eu pudesse definir em uma palavra, o sentimento seria medo, afinal, eram muitas incertezas, eram muitas informações adversas e evidentemente isso mexeu com toda a forma de consumo on-line. Eu e muitos profissionais que eu tive o prazer em conversar para a construção desse artigo, notamos uma coisa que se fez muito presente: A busca pelo pessoal, a busca pela pessoa atrás de um perfil, conexão. Conexão que se fez tão importante em uma época onde nós nos privamos de estar ao lado das pessoas que fazem parte da nossa vida e rotina. Foi preciso que uma pandemia acontecesse para que a gente pudesse reforçar a importância de nos conectar, e principalmente: nos lembrar de que antes de qualquer coisa, entender sobre pessoas é a principal chave.
Neste ano, eu vibrei com muitos colegas de profissão, fiquei ao “lado” de muitos outros quando foi o momento de alavancarem ou modificarem suas carreiras, conheci pequenos produtores que mal sabiam baixar o instagram ou facebook, mas, acima de tudo, eu conheci e conectei com pessoas. Pessoas que valorizavam gestos simples como um auxilio, uma palavra amigável, um auxilio, e que se tornaram parte dessa imensa rede colaborativa e de oportunidades, mas, assim como todo o lado bom, tem o lado ruim. A minha dica para quem está pensando em começar a trabalhar no digital, investir em instagram, facebook, youtube ou qualquer outro canal é: Selecione muito bem quais conteúdos consumir, quais de fato agregam, respeitam o momento que você está neste momento e respeitem você. Basicamente, observe e filtre muito bem cada informação, busque conhecimento e se lembre: O instagram não deve ser sua única fonte de conhecimento – até mesmo para criar conteúdo –
Escrevo isso, pois, o excesso de informação para quem pretende começar pode desmotivar, pode mostrar tudo de uma forma muito mais complicada, e o principal passo é descomplicar. E em épocas de pandemia, de isolamento social, o que menos precisamos é consumir conteúdo que não nos edifique e nos auxilie, e também deixo o aviso que muito social media e criador de conteúdo deseja dar: Cuidado com os golpes! Sempre que você escutar que Marketing Digital é algo fácil, que o retorno sobre o investimento é ágil, analisa muito bem, e se lembre: não existe fórmula de sucesso, fórmula mágica, existem pessoas reais, que assim como você estão fazendo testes, e sempre que possível, compartilham os resultados positivos – ou não – por isso mesmo se lembre de filtrar.
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