Um satélite desenvolvido por cientistas europeus e norte-americanos foi lançado em novembro de 2020, batizado como Sentinel-6 Michael Freilich, em homenagem ao oceanógrafo e ex-diretor da Nasa que faleceu em agosto. O instrumento decolou a bordo do foguete Falcon 9, da Space X, diretamente da base Vandenberg, na Califórnia. Seu objetivo é monitorar o impacto das mudanças climáticas nos oceanos.
O Sentinel-6 equivale ao tamanho de uma caminhonete e dará continuidade a um conjunto de dados sobre o nível do mar que são coletados há aproximadamente 30 anos por outros satélites do conjunto EUA-Europa. Além disso, irá fornecer informações mais precisas sobre previsão do tempo e condição de navegação, oferecendo informações detalhadas sobre as correntes oceânicas.
Em uma nota oficial, a diretora da Divisão de Ciências da Terra da Nasa diz “A terra está mudando e este satélite ajudará a aprofundar nossa compreensão de como. Os processos de mudança da Terra estão afetando o nível do mar globalmente, mas o impacto nas comunidades varia muito. A colaboração internacional é crítica para compreender as mudanças e informar as comunidades costeiras ao redor do mundo.”
Incialmente, o satélite está orbitando a 20,1 quilômetros, mas deve chegar a 1336 quilômetros no começo da operação. Os cientistas irão cruzar os dados com o Jason-3 para monitoramento do nível do mar e em seguida o Sentinel-6 passará a ser o satélite principal para esse tipo de informação.
Essa missão marca o primeiro envolvimento internacional no Copernicus, o Programa de Observação da Terra da União Europeia. Além de monitorar o nível do mar, o Sentinel-6 fará medições atmosféricas que poderão ser usadas para complementar modelos climáticos, melhorando assim, as previsões meteorológicas.
“Esses dados, que só podem ser obtidos por medições do espaço, vão trazer diversos benefícios para pessoas de todo o planeta, de viagens mais seguras pelo oceano a previsões mais precisas do trajeto de furacões, de maior entendimento do aumento do nível do mar a previsões meteorológicas mais corretas, e muito mais.” destaca Alain Ratier, diretor-geral da EUMETSAT, organização europeia de meteorologia.
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