Você já ouviu falar em “correntes de retorno”? São consideradas uma das principais causas de afogamento entre banhistas. Segundo o site hypescience.com, a cada ano, mais de 100 banhistas afogam-se nos EUA devido às correntes de retorno, elas arrastam a pessoa para dentro do mar fazendo com que a mesma entre em desespero e se afogue.
De acordo com o site do G1, as correntes de retorno são responsáveis por 80% dos afogamentos nas praias do Brasil. O desconhecimento do mar, a falta de atenção e informação, fizeram os casos aumentar, os banhistas caem nas correntes, são levados para longe da costa e não conseguem voltar.
Como se formam as correntes de retorno?
Segundo Wendy Carey, especialista em perigos costeiros do Delaware Sea Grant Advisory Service, da Universidade de Delaware, existem diferentes correntes de retorno. Podem variar em tamanho, largura, profundidade, forma, velocidade e potência e podem ser causadas por alterações rápidas na altura das ondas, ou seja, um conjunto muito grande de ondulações pode desencadear esse fenômeno.
Também podem ocorrer em lugares onde há rompimento de bancos de areia, a água é jogada como em um funil para fora do mar, quando a água retorna ao oceano segue o caminho de menos resistência que é através dessas rupturas. Para Carey ondas quebrando são a peça-chave para todas as correntes de retorno, “Se não houver ondas quebrando, não haverá correntes de retorno”, destaca.
Como fugir de uma corrente de retorno?
O primeiro passo é manter a calma, a corrente de retorno é como uma gigante esteira de água onde você não pode escorregar. Conserve energia e não nade contra a corrente, a pessoa se cansa mais rápido, se desespera e pode se afogar.
A opção é nadar para um lado ou para o outro, sempre lateralmente, caso não consiga tente flutuar ou pisar no fundo e deixe a natureza fazer o seu papel, você irá sair da corrente em algum ponto, em seguida é só nadar para a costa.
Pesquisas indicam que correntes de retorno podem voltar para a costa transportando nadadores encalhados, porém, nem todas agem dessa forma. Portanto, a principal recomendação de especialistas é nadar lateralmente.
Caso você veja alguém preso, a Associação de Salva-vidas dos EUA (USLA) sugere que você procure profissionais capacitados ou ligue para emergência, não tente salvá-la pois você pode acabar ficando preso.
Como reconhecê-la?
De acordo com o site destinoflorianopolis.com.br as correntes possuem sinais característicos. Locais onde ocorrem junção de ondas de sentidos opostos, com águas turvas devido a agitação da areia ou mais escuras devido à profundidade, as ondas quebram com menos frequência dando a aparência de “águas calmas”. Banhistas podem acabar entrando em um dos lugares mais perigosos da praia por parecer ser o mais calmo.
O certo é, fique sempre fora de áreas demarcadas com bandeiras vermelhas, peça orientação dos salva-vidas, surfistas experientes também podem ajudar.