Em 27 de janeiro de 1945 ocorreu a libertação do campo de concentração e extermínio de Auschwitz. Como o maior dos vários complexos de campos construídos pelos nazistas, sua libertação, ainda que tardia, foi um dos mais impactantes eventos que precederam o fim de um período de crimes sistematizados.
A data foi escolhida pela Assembleia Geral das Nações Unidas como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto por meio da Resolução 60/7 de 1 de novembro de 2005.
Comemorado anualmente para relembrar os crimes de ódio e intolerância cometidos, homenagear as vítimas atacadas por eles e honrar aqueles que lutaram para combatê-los, dentre seus principais objetivos declarados pela própria ONU destacam-se:
- A reafirmação que o Holocausto, que resultou no assassinato de um terço do povo judeu, junto com inúmeros membros de outras minorias, será para sempre um aviso a todas as pessoas sobre os perigos do ódio, intolerância, racismo e preconceito.
- A condenação de todas as manifestações de intolerância religiosa, incitamento, assédio ou violência contra pessoas ou comunidades baseadas na origem étnica ou crença religiosa, onde quer que ocorram.
- A rejeição de qualquer negação do Holocausto como um evento histórico, total ou parcialmente.
Em 2017, a organização internacional World Jewish Congress iniciou uma campanha anual de impacto global incentivando as pessoas a compartilharem nessa mesma data, 27 de janeiro, suas homenagens e formas de conscientização sobre o Holocausto nas redes sociais com o uso da hashtag #WeRemember.
Aderida por diversos grupos, confederações, figuras e instituições públicas e privadas, a campanha atinge níveis cada vez maiores de alcance e engajamento online sobre informações a respeito do Holocausto por meio de explicações em canais de informação e organizações oficiais que tratam do assunto.
Mais do que a participação ativa dos indivíduos marcados ou educados pelos detalhes dele, a campanha promove a difusão desses posts nas redes sociais e dessas informações sobre o Holocausto para aqueles que não têm conhecimento ou não acreditam em seus fatos.
Segundo pesquisas feitas pelo IFOP, o Instituto Francês de Opinião Pública, em parceria com a Fundação Jean Jaurès, comparando resultados de análises de 2018 e análises de 2020 a respeito do conhecimento da população francesa entre 18 e 24 anos sobre o genocídio do povo judeu, 21% dos jovens nunca tinham ouvido falar sobre o Holocausto.
Não distante desses valores, de acordo com resultados de pesquisas feitas pela Claims Conference nos EUA em 2020, entrevistando os millennials, jovens entre 18 e 39 anos, 23% dos entrevistados creditavam o Holocausto como um mito ou um evento exagerado de alguma forma, 56% não tinham conhecimento do campo de Auschwitz e 12% nem sequer sabiam sobre o Holocausto.
Com o #WeRemember, a instigação pelo início de buscas ou aprofundamentos sobre esse crime histórico pode conscientizar números cada vez maiores de pessoas desinformadas ou descrentes em relação a esse evento que não foi momentâneo e nem mesmo isolado.
Divulgando testemunhos daqueles que passaram por tal período, registros, análises fidedignas sobre os contextos e fatos históricos que permitiram sua terrível ocorrência, a campanha promove o incentivo à conscientização coletiva a fim de garantir a reflexão sobre os perigos que podem vir a ocorrer agora ou no futuro se não combatidas as desinformações históricas e a ignorância, assim como o ódio e a intolerância.
A missão do movimento, que está sendo cumprida, é promover não apenas o importante respeito às vítimas do Holocausto, mas também o aprendizado com o passado para proteger o futuro.
Para saber mais sobre a campanha e o Holocausto, acesse os portais oficiais de informação WeRemember e AboutHolocaust.