Durante a quarta-feira do dia 10 tivemos o Security Summit, um evento online da IBM Brasil voltado para a área de segurança da informação que contou com um tema inusitado: cinema. Os palestrantes e a organização do evento trouxeram diversos títulos, alguns bem famosos, outros nem tanto, mas todos muito pertinentes ao assunto. Pra ficar ainda mais interessante, houveram dinâmicas nos intervalos para os participantes tentarem descobrir as obras através de memes, currículos de protagonistas, emojis e até ilustras originais e minimalistas.
Será que você consegue adivinhar? Confira a seguir as ilustras do designer Caio Orio (@c_orio) que rolaram no evento e aproveite para conhecer alguns filmes e séries pra quem ama tecnologia.
O primeiro é, provavelmente, também o mais fácil! As icônicas pílulas vermelha e azul que Morpheus (Laurence Fishburne) oferece ao Mister Anderson (Keanu Reeves) quando ele começa a descobrir sobre a Matrix (1999) são uma lembrança marcante do primeiro filme dessa saga.
Nesse filme, os fatos comuns do cotidiano são mostrados como simulações tecnológicas. Podemos ver o protagonista como se fosse um administrador tentando impedir um ataque massivo contra seu sistema (ou seria sua realidade?).
Esse talvez não seja tão óbvio, mas para quem assistiu esses filmes de espionagem, sabe muito bem do que estamos falando. O quadro minimalista representa a cena clássica dos filmes do 007, cujo primeiro filme foi lançado em 1962 (Dr. No) e o mais recente em 2021 (No Time To Die).
E é claro que nessa seleção tinha que ter um filme sobre espiões, que contam não só com o hacking, mas técnicas diversas de disfarce, engenharia social e improviso para obter informações confidenciais valiosas para a corporação que trabalha.
O que dizer desse antigo, porém marcante filme sobre vigilância e predição de comportamentos? Nele, John Anderton (Tom Cruise) é um policial acusado de cometer um crime antes mesmo de cometê-lo, o que o leva a uma luta para provar sua inocência. Já sabe de qual estamos falando? É do incrível Minority Report (2002).
Nesse filme, um sistema com videntes permite que policiais prendam o criminoso antecipadamente. Por mais que nossas leis estejam longe dessa ideia, atualmente, na área de segurança, já conseguimos rodar análises preditivas comportamentais para evitar falhas e ataques antes que possam causar danos.
A semelhança é clara, mas você já assistiu o filme? Inspirado na história real de Mark Zuckerberg, criador do Facebook, A Rede Social (2010) tem um tema extremamente atual que, inclusive foi o que deu origem a explosão da GDPR e a LGDP (leis de proteção de dados).
Com sistemas extremamente conectados e aplicações que utilizam dados de redes sociais para facilitar cadastro e acesso a informações, os conceitos de ética e privacidade nunca estiveram tão em alta – Principalmente no universo de segurança da informação.
Sim, teve cinema nacional nas ilustrações também! Nesse filme, uma pequena cidade interiorana que quase ninguém ouviu falar sofre um ataque físico e cibernético com o intuito de apagá-la do mapa. Bacurau (2019) é o nome da cidade e desse sucesso nacional.
Quanto menos se conhece, quanto menos redundância, mais fácil é de se eliminar informações. No filme, vemos como isso poderia acontecer com uma cidade inteira. Aqui se reforça como a educação e a inclusão digital são, sempre, uma de nossas maiores ferramentas quando se trata de segurança da informação.
E se você tem interesse nessa inclusão, talvez goste da entrevista feita pelo canal Experienciar no YouTube tratando, justamente, dos 223 milhões de dados vazados neste último mês e o que isso significa para nós.
Aproveitando que estamos falando de títulos nacionais, teve também uma série brazuca nas ilustrações do evento. Talvez uma das obras menos conhecidas, mas se você não conhece, trate de ir atrás porque vale muito a pena! Estamos falando de Onisciente (Netflix), que traz consigo o tema da supervigilância a la 1984, o romance de George Orwell.
A série foi, inclusive, tema de um quadro inteiro no Security Summit, que contou com a presença de Carla Salle, uma das protagonistas da série, para explorar a ficção e a realidade por trás desse universo distópico.
Já que teve série, vamos falar de série! Nessa em questão, um programador e co-fundador de uma empresa de tecnologia acaba morrendo e tendo sua consciência transferida para uma realidade virtual na nuvem. Se ainda não sabe, estamos falando de Upload (Amazon Prime).
E se a morte não for o fim? A série e seu sistema inovador trazem uma reflexão profunda e tão antiga quanto a humanidade. Mas esse processo com certeza ocupa um espaço na memória, não é? Felizmente, hoje temos planos de escalonamento de armazenamento eficazes e acessíveis na nuvem — Talvez não o suficiente para aguentar consciências humanas inteiras, mas quem sabe?
Nossa última obra é um título de terror e, claro, tecnologia. Nela, uma inteligência artificial orgânica é criada para simular uma criança, mas os experimentos acabam saindo um pouco errado e ficando um tanto quanto desumanos. Conhecido por poucos, Morgan (2016) traz, além de seu roteiro assustador, um trailer feito inteiramente pelo IBM Watson, da IBM. Sim! É uma inteligência artificial aprendendo a fazer trailers sobre um filme de inteligências artificiais.
E por hoje é só! O que achou das ilustras? E dos filmes e séries? Conta pra gente qual gostou mais!
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