Quando falamos sobre tecnologia e computação, o que vem à sua mente?
Hoje, existem supercomputadores capazes de executar cerca de mil bilhões de cálculos por segundo, no mesmo passo em que há data centers, centrais de processamento de dados, que ocupam mais de 11 hectares de espaço físico.
Possuímos, atualmente, estruturas e dispositivos com capacidades tecnológicas que são humanamente incalculáveis. Contudo, nem todas elas possuem grandes dimensões físicas.
Os pequenos dispositivos, como nossos smartphones ou até mesmo menores do que nossos smartphones, como chips, wearable devices, sensores inteligentes e até etiquetas inteligentes, aumentam seu poder e participação em nosso cotidiano de forma exponencial.
NFC
A tecnologia Near Field Communication (Comunicação de Campo Próximo), relativamente simples, teve um importantíssimo salto e desempenho no dia a dia das pessoas e empresas no ano de 2020.
Alavancada, principalmente, pela pandemia do novo coronavírus, essa tecnologia foi altamente utilizada pela necessidade de tecnologias contactless (sem contato).
Mais segura por não armazenar os dados e nem transmiti-los para sistemas externos, esse recurso é o que permite, por exemplo, pagamentos por aproximação, aquelas transações via cartão ou máquinas de cobrança que são executadas simplesmente aproximando os dispositivos um do outro sem nenhuma necessidade de contato físico.
IoT
Internet of Things (Internet das coisas), não se resume a um ou outro aparelho específico, mas sim a todas as soluções que conectam “coisas”, objetos físicos e sensores às redes de comunicação com outros dispositivos e com a Internet.
Sensores utilizados na gestão de energia das casas, geladeiras inteligentes, carros conectados, gôndolas inteligentes nos supermercados que controlam o estoque e o consumo de mercadorias, e até os sensores vestíveis no nosso corpo como os smartwatches, todos esses são produtos baseados na solução de Internet das Coisas.
Pequenos dispositivos com capacidade de receber dados dos objetos ou do ambiente, que podem, então, transferi-los para a internet a fim de se processar esses dados, gerando um grande valor.
Segundo a empresa alemã especializada em dados e mercado, Statista, a previsão é de que até o ano 2025, os gastos dos usuários finais em soluções baseadas em IoT, ao redor do mundo, sejam de, aproximadamente, 1,6 trilhões de dólares.
Edge Computing
Com significativa, mas não completa, relação com IoT, o conceito de computação em borda tem recebido uma alta atenção no mundo da tecnologia.
Imagine todas as numerosas e valiosas informações trafegadas em uma cidade inteiramente conectada à Internet com empresas, organizações governamentais, locais públicos e as residências das pessoas. Até chegarem à nuvem, a Internet, onde essas informações serão transportadas para processamento, a lentidão, as falhas e os riscos à segurança da informação ficam cada vez mais prováveis devido ao alto tráfego de dados.
Com o modelo de edge computing, o processamento de determinados dados agora pode ficar a cargo da “borda” mais próxima deles, o próprio dispositivo físico que os gerou ou os captou.
Por meio do incremental poder de processamento das tecnologias utilizadas pelos usuários finais, eles não mais ficam dependentes exclusivamente da nuvem para o processamento de todas as suas informações.
Havendo a possibilidade de ser processado na própria fonte ou então no dispositivo do usuário final, mais próximo do que a nuvem, o conjunto de dados pode gerar um resultado muito mais rápido, barato e seguro para seus detentores.
Com pesquisa, investimento e desenvolvimento, cada vez mais as tecnologias diminuem seu tamanho físico para crescer em capacidade, qualidade, utilização por parte das pessoas e das organizações.
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