Diferentemente do senso comum, a Amazônia não é o pulmão do mundo, e sim os oceanos, mas a Amazônia pode ser considerada o umidificador do planeta, tendo importância crucial para o seu resfriamento. Estima-se que a quantidade de água evaporada das árvores, é equivalente a vazão do rio Amazonas.
Os rios voadores são nada mais que “cursos de água atmosféricos” que podem ser comparados a rios terrestres, devido a sua quantidade de água. Porém se encontram em forma de massas de ar, cheias de vapor d´água, sobre as nossas cabeças.
A Floresta Amazônica recebe a umidade vinda do Oceano Atlântico, fazendo assim chover na floresta. A água, é absorvida pelas plantas, que por meio da evapotranspiração, devolvem essa umidade para a atmosfera. A atmosfera, carregada de umidade novamente, transporta todo esse vapor de água para outras regiões do Brasil, fazendo com que chova novamente, proporcionando água para plantações, encher represas e alimentando rios terrestres.
Apesar da suma importância que a Floresta Amazônica tem para nossas vidas, ela vem sendo desmatada descontroladamente. De acordo com investigações realizadas pelo Greenpeace, em conjunto com o Ministério Público, o principal motor de desmatamento da Amazônia é a cadeia produtiva da pecuária, trocando árvores por quilômetros de pastos. Além da agropecuária pode-se citar também a agricultura e a busca por recursos minerais.
O site G1, aponta que o desmatamento na Floresta Amazônica cresceu 24% no primeiro semestre de 2020 e bateu o recorde dos últimos 10 anos. E, em 34 anos, perdeu mais de 44 milhões de hectares de área nativa. De acordo com ambientalistas, as consequências estão se tornando irreversíveis.
A diminuição desgovernada de vegetação, faz com que o ar fique mais seco, pois deixará de ter árvores suficientes para absorver a água das chuvas e devolvê-las novamente a atmosfera, assim os rios voadores começam a perder quantidade de água.
Assim, devido ao desmatamento, a temperatura do planeta aumenta, resultando em um efeito cascata, trazendo consequências climáticas como: verões muito quentes e secos, invernos muito frios e períodos chuvosos mais intensos. Além de afetar todos os ecossistemas, como os oceanos, ocasionando fenômenos como o branqueamento dos corais, que estão diretamente ligados ao aumento excessivo da temperatura dos oceanos.
Mesmo com alta disponibilidade recursos hídricos, o Brasil sofre com a má gestão dos mesmos, fazendo com que falte água em diversos locais, e o desmatamento da Amazônia agrava mais ainda essa questão.
Com a baixa concentração de água vinda da Amazônia, o Brasil pode se transformar em um grande deserto. Devido à falta de chuvas e umidade. Os rios deixarão de serem abastecidos, causando um sério problema hídrico no Brasil.
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