Hoje, dia 18/05, Ernesto Araújo, ex-ministro do Ministério das Relações Exteriores depõe.
- Araújo foi questionado sobre sua aproximação com o ex-presidente norte americano Donald Trump. Em respostas, o ex-ministro comentou “não mudamos posição pragmática por ideologia”. E ainda disse que essa aproximação foi única e exclusivamente visando o favorecimento brasileiro na economia de mercado. Ponderou que a aproximação foi proveitosa considerando a doação de respiradores.
- Calheiros, relator da Comissão, lembra de um texto escrito pelo ex-ministro sobre o “comunavírus“, relembra também da fala de Bolsonaro “da China não compramos” e o questiona sobre ataques ao país. Araújo se esquiva, disse não ter atacado a China e disse tampouco saber quem assessorou o presidente da República nessa decisão. O presidente da Comissão, Omar Aziz se irritou com as negativas do ex-ministro em não admitir os ataques à China.
- Araújo nega a influência de Olavo de Carvalho no MRE.
- A respeito dos ataques à OMS e ao programa Covax Facility, Araújo nega os ataques e disse que nunca foi contra ao programa e argumenta que o Brasil não foi o único país a atrasar o contrato. Segundo Ernesto Araújo, a decisão de aderir 10% das doses do programa e não 50%, foi do Ministério da Saúde e Palácio do Planalto. Aziz encerra as respostas esquivas do ex-ministro sobre a o Covax Facility e traz uma declaração de Araújo: “quem duvida do uso da cloroquina contra covid-19 age politicamente”. Ainda, Araújo critica posição da OMS ao longo da Pandemia, sobretudo sobre a incerteza da transmissibilidade do vírus.
- Aziz se irrita com o fato de que Ernesto Araújo não ter procurado o Embaixador da China no Brasil a respeito do IFA. Araújo havia comentado do direcionamento de uma carta para o Embaixador do Brasil na China.
- Quebra de patentes da vacina: na época, a Índia era a favor e os EUA contra e o Brasil não foi diferente, se declarou contrário. Lembrando que Biden mudou o posicionamento dos EUA e se coloca a favor da quebra.
- Araújo nega ter conhecimento sobre a comissão extraoficial que aconselha(va) o presidente da República.
- Também nega ter ouvido sobre a “imunização de rebanho” no Planalto.
- Viagem a Israel: feita a convite do primeiro ministro, Benjamin Netanyahu para conhecimento de medicamentos que estavam sendo desenvolvidos para combater a covid-19 e que tiveram a fase inicial de testes promissora.
- Araújo comentou que as orientações ao Itamaraty vinham do Ministério da Saúde e a pedido do Ministério e de Bolsonaro, o MRE buscou insumos para cloroquina.
- Sobre a crise de oxigênio em Manaus: a falta de informações técnicas pelo Ministério da Saúde inviabilizaram o transporte com o apoio dos EUA. Em relação à doação da Venezuela, “assim que chegou a notícia sobre a doação, a Agência Brasileira de Cooperação foi acionada para viabilizar o mais rápido possível a doação”.
- Kátia Abreu para Araújo: “O senhor é um negacionista compulsivo, omisso. O senhor no MRE foi uma bússola para o caos, para o naufrágio da política internacional”. Ainda, Kátia lembrou que “até abril 85% de toda vacina no Brasil veio da China a despeito do senhor.” Pela Ordem! Senadores cobram Ernesto Araújo sobre discussão com Kátia Abreu.
- Randolfe Rogrigues, vice-presidente da CPI para Ernesto Araújo :“A base do governo abandonou o senhor aqui na CPI, responda as perguntas, pense na sua biografia”.
- Flávio Bolsonaro aparece – novamente – ao final do depoimento de Araújo e o questiona sobre sua atuação com relação aos expatriados. O intuito da pergunta foi enaltecer a boa relação do ex-ministro com diversos países. Araújo comenta que foram mais de 38 mil brasileiros expatriadas.