Para quem não conhece, Overwatch é um dos jogos de tiro em primeira pessoa (FPS) mais bem sucedidos da atualidade. Contando com mais de 6 milhões de jogadores mensais, sua equipe é responsável por organizar o Overwatch League, um campeonato anual com premiações que chegam a 1,5 milhão de dólares. Para ficar mais impressionante, o evento conta com um sistema capaz de avaliar a performance dos competidores através de centenas de variáveis durante as partidas. A seguir, conheça a tecnologia por trás dos rankings de Overwatch.

Como funciona o ranking?
Quando você assiste a uma partida de um jogo de equipe, como você a performance dos jogadores? Seja uma partida de futebol ou mesmo do Overwatch, como podemos determinar o quão bem uma pessoa específica joga? Sabemos que mesmo um jogador excelente pode não levar a taça de um campeonato devido ao fato de que os demais jogadores de sua equipe podem não acompanhar suas habilidades, então simplesmente utilizar sua taxa de vitórias pode não ser a melhor forma de avaliá-lo. E se for assim, quais as métricas nas quais devemos prestar atenção para chegar a essa conclusão?
De acordo com a equipe por trás dos rankings, são 360 variáveis ao todo. Isso significa que muita coisa está sendo analisada ao longo de uma partida. Alguns exemplos são: vida restaurada por segundo, precisão da mira, carregamento do golpe especial, e por aí vai.
O processo do rankeamento ocorre em 3 passos.
Primeiro, com essas estatísticas determinadas, o sistema coleta dados de jogadores ao redor do mundo e os classifica por personagem, mapa e torneios.
Segundo, o sistema tenta relacionar esses dados. Com a ajuda da inteligência artificial da IBM, o IBM Watson, é possível entender quais atitudes e padrões de comportamento geralmente levam uma equipe à vitória. Dessa forma, mesmo quando não há uma vitória, podemos determinar quando um jogador estava no caminho certo.
Por fim, o balanceamento das estatísticas. Muito embora evitar receber dano durante uma partida seja importante para ganhar o jogo, fazê-lo pode não ser tão impactante quanto causar dano aos adversários. Para entender melhor o que mais importa, a IA estuda todas as relações entre todos os dados, atribuindo um peso diferente a cada um deles.
Claro que há outras especificidades técnicas neste processo, como o uso do OpenShift da Red Hat, o IBM Cloud Pak for Data e o AutoAI for Watson Studio, juntos para armazenar, entender e tirar conclusões sobre o Big Data gerado durante as partidas.
Para ver o power ranking, como foi chamado o processo, funcionando na prática, não deixe de assistir às partidas e acompanhar a Overwatch League (em inglês), que começou em abril e terá continuidade até meados de agosto.
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