A ecologia é um ramo da biologia na qual estuda a relação e a interação entre os seres vivos e deles com o meio ambiente na qual, dependendo do tipo de relação que tiverem entre si, haverá uma classificação diferente. Sociedade é um desses tipos sendo considerada intraespecífica, ou seja, uma interação que ocorre dentro de uma mesma espécie, como as abelhas, formigas, cupins e os humanos. Novas evidências encontradas sugerem que os famosos tiranossauros também eram animais sociáveis.
Evidências anteriores em vários lugares já demonstraram suspeitas pela comunidade científica sobre tal hipótese, na qual foi defendida primeiramente pelo paleontólogo Philip Currie, porém as provas não eram suficientes para concluir tal ideia, o que abriu uma série de dúvidas entre os pesquisadores e impedindo de afirmar com todas as letras sobre os tiranossauros serem espécies que vivem em sociedade, até agora.
Foram encontrados 4 a 5 fósseis de tiranossauros juntos. A primeira conclusão é de que morreram no mesmo local e sofreram o processo de fossilização juntos. Celina Suarez, professora de geociência da Universidade de Arkansas (Estados Unidos), relata que apenas os aspectos físicos são vestígios escassos para constatar a possível sociedade desses dinossauros. Para pesquisar mais a fundo, Suarez realizou um teste geoquímico e detectou alta compatibilidade dos padrões de elementos de terras raras além de descobrirem a possível causa da morte, uma inundação sazonal.
A partir desse resultado, provou-se que os tiranossauros morreram e foram fossilizados todos juntos. Esses dados contribuem para a hipótese deles viverem em sociedade. Mesmo após essa descoberta, ainda não se sabe ao certo o que eles faziam em conjunto. Alan Titus, paleontólogo do Escritório de Manejo de Terras dos Estados Unidos, acredita que o comportamento desses dinossauros seria similar ao de uma alcateia, mas ainda é necessário mais evidências para tal conclusão.
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