Witzel, compareceu a CPI com um habeas corpus (HC) concedido pelo ministro Nunes Marques do STF. Este lhe dava o direito de não comparecer ou permanecer em silêncio na oitiva. Lembrando que o ex-governador pediu esse (HC) por estar sendo investigado pela Operação Placebo da Polícia Federal.
Aos pontos de seu depoimento:
GOVERNO FEDERAL:
- Witzel afirma que o governo federal é omisso no combate à pandemia e diz também que criou uma narrativa de forma a colocar os governos estaduais em “situação de fragilidade”, considerando os efeitos econômicos pós medidas de isolamento social tomadas pelos estados.
- Witzel fala também que o governo federal defendia a imunidade de rebanho.
- O ex-governador ainda relatou que o governo federal ordenou a troca de um delegado da Polícia Federal que investigava gestões anteriores da saúde do estado. Witzel soube do fato pelo então ministro da Justiça, Sergio Moro.
- Ainda comenta, “Por falta de coordenação do governo federal, o STF deu a estados e municípios condições para que suprissem a omissão do governo.
- “O nível de cooperação com o Ministério da Saúde foi praticamente zero (…)”. Esse comentário fica acerca dos hospitais de campanha e se estendeu ao auxílio emergencial.
HOSPITAIS DE CAMPANHA:
- O ex-governador disse que hospitais de campanha foram sabotados por deputados estaduais, que faziam carretadas no RJ contra o isolamento social.
FLÁVIO BOLSONARO:
- Presente na oitiva, Flávio culpou o ex-governador pelas mortes no RJ e disse “o depoente tem as mãos sujas de sangue entre esses quase 500 mil mortos (…)”
- Depois dessa e de outras intervenções de Flávio, o relator, Renan Calheiros entendeu que a presença do filho de Bolsonaro deixava um “clima intimidatório”. Outros senadores pedem que o microfone de Flávio fosse cortado.
- Considerando as diversas intervenções de Flávio, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues abrirá um requerimento para que Witzel deponha novamente, mas em reservado. O requerimento ainda deve ser votado.
Pouco depois das 14h, durante a fala do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), o ex-governador decidiu fazer uso de seu habeas corpus e se retirou da oitiva.
Outros comentários com relação ao seu impeachment foram tecidos. Até mesmo o assassinato de Marielle Franco foi trazido à tona por Witzel.
O ex-governador ainda afirmou estar correndo risco de vida quando disse que as milícias estão por trás da saúde no Rio de janeiro.
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