Muitas partes e funções no corpo humano existem sem ao menos nos lembrarmos deles. A maioria das pessoas possuem visão e não percebem a importância desse sentido pelo simples fato de ser algo automático. Ninguém precisa pensar para ver; basta abrir os olhos e a mágica acontece. Apesar dos olhos estarem intimamente ligados à visão, a ciência diz que o órgão que vê é o cérebro, pois toda informação captada pelo olho é processada pelo cérebro, já que é capaz de detectar luz e transformar essa informação luminosa em elétrica, e seguir sua mensagem pelo nervos até chegar no cérebro. O olho apresenta várias estruturas que influenciam na sua função, sendo uma delas a pupila.
A pupila é o ponto preto presente no centro dos olhos, que nada mais é do que uma fresta para a passagem de luz. Sua abertura e fechamento é controlada pelos músculos da íris – parte colorida do olho. A dilatação e contração da pupila possui relação com vários aspectos do sistema nervoso e situações da vida, como um momento de prazer ou de medo. Como existe uma conexão pupila–cérebro, novos estudos apontaram uma relação entre o tamanho da pupila e a inteligência das pessoas.
No Instituto de Tecnologia da Geórgia (Estados Unidos), pesquisadores realizaram testes para comprovação de tal hipótese. Os experimentos foram feitos em locais escuros, pois as pupilas reagem à luminosidade e a outros fatores. Também foi feito um padrão para cada idade, pois em pessoas mais velhas as pupilas comumente são menores. Os voluntários foram submetidos a um teste de medição da pupila no momento de repouso e de testes cognitivos, como memória, atenção e inteligência fluida. A todo instante a pupila estava sendo monitorada por um equipamento capaz de rastrear o seu tamanho.
A partir das experiências puderam concluir que aqueles que conseguiram um melhor resultado nos testes haviam pupilas maiores. Esta relação ocorre devido a uma estrutura presente no sistema nervoso central conhecida como Locus coeruleus. Ele libera alguns hormônios e neurotransmissores, além de ajudar na comunicação de cada parte do cérebro para que trabalhem em conjunto levando a um mesmo objetivo. A suposição dos cientistas é de que as pessoas com as pupilas maiores possuem uma maior frequência da atividade do Locus coeruleus, mas ainda terão mais experimentos futuros para entender melhor o motivo dessa associação entre as pupilas e a inteligência.
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