Com o afunilamento da Eurocopa, chegamos as semifinais da competição com o clássico Itália x Espanha e o confronto entre Inglaterra x Dinamarca. Mas para isso, partidas épicas foram travadas nas oitavas e quartas-de-final, em que merece uma menção de destaque a segunda-feira mágica que nos proporcionou duas partidas históricas com intervalo de poucos minutos entre o final de uma e o início da outra. Mas para contar essa história, vamos contar o caminho de cada uma das merecidas semifinalistas.
Azurra mantém seu 100%, e é o grande destaque do torneio
A Itália chega as semifinais com aproveitamento de 100%, futebol envolvente e muito diferente daquele que sempre foi a marca do futebol italiano. O futebol defensivo, até mesmo retranqueiro, ficou pra trás nessa Eurocopa, e sob o comando do brasileiro Jorginho e de Insigne, a Azurra certamente é a seleção que mais convenceu até o momento. Cabe destacar que, além de Jorginho, a Itália conta também com Rafael Tolói e Emerson Palmieri para compor o DNA brasileiro presente na Azurra.
O destaque certamente fica para o jogaço contra a Bélgica, que ao que parece, verá a maior geração de sua história passar sem ganhar títulos. Neste jogo, que foi o melhor dos jogos das quartas-de-final, o craque Insigne, no alto de seus 1,63m de altura, marcou um golaço de fora da área após entortar os volantes belgas.
Triunfo espanhol na chave de jogos memoráveis
A Espanha, por outro lado, vem de uma campanha mais irregular. Com uma seleção muito jovem, nos proporcionou um jogo de muitas reviravoltas contra a excelente seleção croata. Nesta partida, que se iniciou com um gol bizarro após um recuo extremamente mal sucedido de Pedri para o goleiro Simón, a Espanha conseguiu dar a volta por cima e emplacar três gols para se colocar na frente do placar. Quando o desfecho parecia certo, os croatas marcaram dois gols após os 40 minutos do segundo tempo para empatar a partida e levá-la para a prorrogação. Mas então o cansaço bateu e a qualidade individual espanhola se sobressaiu, com destaque para o belíssimo gol do criticado Álvaro Morata.
O adversário espanhol das quartas saiu de outra partida épica iniciada poucos minutos após o final de sua partida. A Suíça enfrentou a campeã do mundo França e abriu o placar no início da partida com um gol de Seferovic. Aos 8 do segundo tempo, pênalti marcado para Suíça, que tinha a oportunidade de ampliar a vantagem, porém Lloris catou o pênalti batido pelo zagueiro Rodríguez. Para desespero dos suíços, aos 11 e aos 13 minutos, Benzema marcou dois gols, em blitz francesa, virando o placar do jogo, placar que se ampliou em um golaço de fora da área do meia Pogba. Era de se esperar que com uma virada dessas o jogo estivesse definido. Ledo engano, pois aos 35 e 44 minutos, Seferovic (de novo) e Gavranovic empataram a partida para os suíços. Inacreditável! A partida só veio a se decidir nos pênaltis, em que o excelente goleiro Sommer pegou o último pênalti, batido pela jovem estrela Mbappe.
No confronto entre Espanha e Suíça, que seguramente proporcionaram os dois jogos mais emocionantes do torneio até então, um final digno era merecido, e veio. Empate e decisão nos pênaltis. O goleiro Simón, personagem principal de um frangaço nas oitavas, se tornou herói ao defender duas cobranças e ver Vargas isolar sua batida e, assim, a Espanha se classificou para enfrentar a Itália nas semifinais.
Menos emoção, e mais domínio. Os caminhos de Inglaterra e Dinamarca.
Do outro lado da chave, a jovem e excelente geração inglesa, bateu com propriedade a Alemanha em clássico nas oitavas de final, com direito a show de Sterling e um gol que encerrou o jejum do artilheiro Harry Kane. Nas quartas-de-final, verdadeiro atropelo para cima da Ucrânia do técnico Andriy Shevchenko, um 4×0, com direito a dois gols de Kane, que se bota como postulante a artilharia da competição, que até o momento é chefiada por Cristiano Ronaldo e Schick, ambos com 5 gols, mas que já disseram adeus a competição.
A Dinamarca, jogando por seu craque Eriksen, que nos proporcionou momentos aterrorizantes na primeira fase do campeonato, vem fazendo excelente papel. Não deu chance para o País de Gales do craque Gareth Bale, em goleada por 4 a 0. Já nas quartas, partida mais complicada contra a República Tcheca do artilheiro Patrik Schick. A seleção dinamarquesa chegou a abrir 2 a 0, mas quando Schick diminuiu o placar do jogo, o jogo ganhou seus contornos dramáticos com a pressão tcheca. No final, a Dinamarca conseguiu segurar o placar e garantir sua classificação para as semifinais.
Semifinais definidas. Quem será o vencedor?
Chegamos as semifinais, e certamente muitos fãs do Esporte esperam uma final entre os destaques da competição: Itália e Inglaterra. Entre estes, me incluo, acredito que as duas são grandes favoritas em seus confrontos, tanto pelo desempenho no torneio quanto pelos nomes de suas seleções. Porém não há como simplesmente descartar a Espanha, embalada pelas grandes partidas da competição e a Dinamarca, impulsionada há jogar por seu craque em recuperação. Quem será o campeão da Euro?
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