A ficção-científica tem sido um dos principais carros-chefes das produções que os canais streamings vem fazendo para sua programação. São filmes sobre invasores de outros planetas, contatos imediatos, viagens espaciais e guerra pela sobrevivência da humanidade, como é o caso de A Guerra do Amanhã. Uma produção estrelada por Chris Pratt, que vem da franquia Guardiões da Galáxia, que mostra uma invasão alienígena no futuro que pode marcar o fim da humanidade.
A história, claro, é muito mais do que isso, já que cativou o interesse de pelo menos 2,4 milhões da lares nos Estados Unidos, segundo a pesquisa realizada pela Samba TV, durante o fim de semana prolongado com o feriado de 4 de Julho, Dia da Independência Americana. A samba é uma agência de pesquisa, que mede a visualização de streaming em residências com Smart TV nos EUA para aqueles que sintonizaram por pelo menos cinco minutos. O resultado supera outras estreias da Amazon como Um Principe em Nova Yorque 2, com Eddy Murphie, e Sem Remorso, adaptação do livro homônimo de Tom Clancy, estrelado por Michael B. Jordan.
Os números são muito interessantes especialmente por que os canais streamings não são muito afáveis de divulgar seus números de audiência. Um exemplo disso foi o que a Amazon Prime informou sobre a comédia Borat 2, que foi vista por dezenas de milhões de assinantes, mas sem oferecer dados concretos disso. Algumas vezes, os canais utilizam informações globais, afirmando que a série ou filme foram vistos por mais de 60 países nos primeiros três dias da estreia da produção.
O que chama a atenção desses dados é a importância que o registro da quantidade de público comece a dar uma visão mais concreta, do que vai acontecer com os filmes que eram destinados à salas de cinema. A versão do diretor Zack Snyder da Liga da Justiça alcançou 1,8 lares americanos pela HBO Max, em março desse ano. Esse número equivale a cerca de dez milhões de ingressos no cinema. A média do preço do ingresso nos Estados Unidos é de 12 dólares, ou seja, o faturamento dessa produção segundo os padrões da indústria cinematográfica foi de 120 milhões de dólares!
Um número apetitoso, sem dúvida. Será que esse é o tipo de resultado que está fazendo vários estúdios de Hollywood de programar seus lançamentos para os canais streamings junto com as salas de cinema, já que a pandemia de coronavírus não dá importância em contaminar as pessoas dentro ou fora da sala de cinema? A Disney, por exemplo, vem lançando simultaneamente vários de seus novos filmes como Cruella e Viúva Negra tanto nas salas de exibição como em seu canal Disney +.
Claro que quem quiser ver no canal terá que desembolsar uma grana maior, do que a sua assinatura, outra tendência que pode se estabelecer no mercado, principalmente com a chegada da HBO Max, que também tem optado de usar esse lançamento simultâneo. Mas como diria um executivo da Disney do Brasil há mais de uma década, quem vai definir quando e como assistir um filme é o público. E ninguém tira a sua razão, basta ver o resultado de público de A Guerra do Amanhã.
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