Em dias atuais o desmatamento se encontra em escalas apavorantes. Florestas que antes apresentavam grandes áreas verdes, hoje estão resumidas a pequenos fragmentos florestais. Como exemplo, a Mata Atlântica que só possui 7% da sua cobertura original, sofrendo desmatamento desde a época da colonização. Além de biomas como Cerrado e Amazônia que também sofrem constantemente a perda da sua fauna e flora.
É nesse cenário que se vê a luz no fim do túnel – o reflorestamento. Essa ação consiste em atuações, obras, com o desígnio de restabelecer áreas que sofreram a remoção da sua flora e fauna por causas naturais como incêndios não criminosos ou com interferência humana, na extração de madeira, expansão populacional, mineração, entre outros. Assim como o desmatamento, o reflorestamento pode advir de forma natural ou intencional.
Um dos objetivos dessa ação é manter ao máximo o equilíbrio ambiental, reparando perdas, tendo suma importância no controle de conservação em espécies da fauna e flora que utilizam desses biomas como seus habitats. O reflorestamento, com certeza, é mais uma forma de amparo ao planeta Terra.
No Brasil se tem leis e políticas governamentais que impulsionam a prática dessa proteção. No código florestal consta a Lei N° 4.771 de 15 de setembro de 1965, que diz: “As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem.”.
Atualmente, instituições, empresas, ONGs e órgãos do governo têm mostrado empenho nas efetivações da prática em território nacional. Como exemplo podemos mencionar a WWF-BRASIL, que é uma instituição não-governamental que trabalha com o intuito de mudar o atual andamento de degradação ambiental, além de proteger áreas naturais e incentivar empresas ao mesmo objetivo.
Porém, ainda temos um grande caminho a percorrer. Em Brumadinho (MG), após dois anos da tragédia, o trabalho para reflorestar a área afetada caminha de forma lenta. De 293 hectares de flora atingida, apenas 3,33 hectares foram recuperados até então.
Para acalento de nossos corações, em 2016 na Cúpula do Clima de Paris, o Brasil se compromissou a reflorestar 12 milhões de hectares de vegetação até 2030. Para especialistas o ato é divinamente importante, possível de ser obtido e que após alcançado seja brevemente superado. Resta a nós, população, não só aguardar esperançosamente que essas metas se concretizem, mas também nos conscientizar que o meio ambiente deve ser respeitado e preservado, dessa forma conseguiremos manter o planeta em equilíbrio.
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