Anteriormente escrevi sobre Doença de Haff, intoxicação causada pelo errado manejo dos pescados. Agora, escrevo sobre como se desenvolve o manejo de forma correta para o consumo. Então, você sabe o que é aquicultura?
Aquicultura ou aquacultura, é um ramo da ciência que desenvolve e estuda técnicas de reprodução racional de organismos aquáticos em geral, podendo cultivar desde peixes, crustáceos, moluscos, até plantas aquáticas, répteis e anfíbios, porém, o maior foco dos produtores é a psicultura (produção de peixes). Podendo ser desenvolvida em áreas naturais de água doce e/ou salgada e em áreas artificiais, como tanques, essa prática desse ser realizada de forma apropriada em fatores como, controle de temperatura, controle de iluminação e limpeza dos tanques, visando a maior qualidade dos produtos.
Essa prática tem seus primeiros registros datados no período paleolítico, há 4 mil anos atrás, pelos chineses e egípcios que já desenvolviam sistemas para criação de peixes como tilápias e carpas. A china foi a pioneira nessa ciência, efetuando-a por várias épocas durante sua história (desde 618 – Dinastia Tang até 1911 – Dinastia Ching).
Outras nações também se envolveram nesse novo ramo e adaptaram novas formas de produção, por exemplo, Japão e Coreia introduziram a criação o cultivo de moluscos e crustáceos. No século 19, na América do Norte, desenvolveram-se a criação de ostras e mexilhões, além de uma grande inovação, o cultivo de peixes voltado para a pesca esportiva e não consumo.
Nos dias atuais, a China é a maior produtora de pescados para alimentação do mundo. Dados de 2018 mostram que, foram produzidas
179 milhões de toneladas de pescado, com valor estimado em US$ 401 bilhões e a China foi responsável por 35% dessa produção.
O Brasil já ocupou a primeira colocação de maior potencial em desenvolvimento da pesca e aquicultura, atualmente, estamos na 13ª
posição na produção de peixes em cativeiro, e na produção peixes de água doce na 8º posição. A prática da aquicultura, até então, não é bem desenvolvida no Brasil, que consome em média cerca de 1,4 milhões de toneladas de carne peixe, sendo importadas uma de 400 mil toneladas, além de exportar apenas 34 mil toneladas.