Com a aproximação de 2022, o torneio mais aguardado do futebol voltará a ser o assunto do momento. É claro que falamos da Copa do Mundo, que irá se passar pela primeira vez no riquíssimo mundo árabe do Catar.
Sendo assim, tendo em vista a reta final das eliminatórias da competição pelo planeta, nada mais justo do que dissecá-las e darmos nossos palpites sobre as vagas em aberto. Vamos lá:
América do Sul
A América do Sul garante 4 vagas diretas para seus integrantes, além de uma vaga na repescagem internacional. Dessas, as duas primeiras dificilmente terão qualquer alteração, apesar de ainda faltarem 5 jogos e 15 pontos em disputa.
O pentacampeão Brasil (31), único país a participar de todas as Copas na história, novamente irá ao torneio após liderança isolada em suas Eliminatórias, estando já matematicamente classificado para o torneio. A Argentina (25), por sua vez, tem larga vantagem na segunda colocação, estando em situação bem mais confortável do que nas últimas edições, parecendo extremamente improvável uma reviravolta.
Já as outras vagas seguem indefinidas. Equador (17), Colômbia (16) e Uruguai (16) parecem brigar por quais serão os classificados diretos e qual seguirá para repescagem.
No entanto, até o Peru (11), vice-lanterna da competição, ainda tem chances reais de classificação. Na sua frente, Chile (13), Bolívia e Paraguai (12), podem precisar apenas de uma pequena arrancada para garantir classificação na Copa. Tudo embolado na últimas vagas da América ainda.
Europa
Continente com a maior quantidade de vagas, a Europa tem França (Grupo D), Bélgica (Grupo E), Dinamarca (Grupo F), Inglaterra (Grupo I) e Alemanha (Grupo J) com vagas asseguradas (ou praticamente asseguradas) com primeira colocação consolidada em seus grupos.
A repescagem europeia também tem enorme quantidade de vagas, colocando os segundos colocados em confrontos diretos valendo classificação direta para a Copa. Vejamos, portanto, as possibilidades.
Temos 4 grupos com a primeira e a segunda colocação em disputa, e confrontos diretos na reta final. No grupo A, Sérvia (17) e Portugal (16) travam essa briga, e a última rodada entre os dois será crucial para esse resultado. No grupo B a briga é parecida, sendo antagonistas Suécia (15) e Espanha (13), que também se enfrentam na última rodada. Mesma coisa no Grupo C, com a diferença de que o confronto direto entre Suíça (14) e Itália (14) se dará na penúltima rodada. Já no Grupo H, Rússia (19) e Croácia (17) também se enfrentam na última rodada.
No Grupo D, Ucrânia (9), Finlândia (8) e Bósnia (7) brigam pela segunda colocação. No Grupo E, essa briga é entre República Tcheca (11) e País de Gales (11). Já no Grupo F apenas uma combinação improvável de resultados tiraria a Escócia (17) de sua classificação para a repescagem. O Grupo I parece caminhar para uma segunda colocação da Polônia (17), já que a Albânia (15) ainda terá difícil jogo contra a líder isolada Inglaterra.
O Grupo G é o mais indefinido das Eliminatórias europeias, com Holanda (19), Noruega (17) e Turquia (15) definindo as três primeiras posições. Cabe ressaltar que Holanda e Noruega se enfrentam na última rodada, enquanto que a Turquia tem jogos mais fáceis nessa reta final.
Grande briga também pela segunda colocação do Grupo J, com chances reais para Romênia (13), Macedônia do Norte (12) e Armênia (12).
África
Continente com 5 vagas, a África tem 10 grupos em que se classificam os primeiros colocados para confrontos valendo vagas diretas.
Tunísia (Grupo B), Egito (Grupo F), Senegal (Grupo H) e Marrocos (Grupo I) tem situações consolidadas para a classificação em 1° lugar. Já nos outros grupos a situação é mais complicada.
O Grupo A nos traz Argélia (10) e Burkina Faso (10) empatados na primeira colocação, com direito a confronto direto na última rodada. A Nigéria (9) lidera o Grupo C, mas Cabo Verde (7) pode ultrapassá-la se aproveitando também de confronto direto na última rodada. O mesmo acontece na briga entre as tradicionais Costa do Marfim (10) e Camarões (9) no Grupo D, Mali (10) e Uganda (8) no Grupo E e África do Sul (10) e Gana (9) no Grupo G.
O Grupo mais equilibrado nas Eliminatórias africanas é o J, onde todos os integrantes ainda detém chances, quais sejam, Tanzânia (7), Benin (7), Congo (5) e Madagascar (3).
CONCACAF e Ásia ainda no início
As Eliminatórias da CONCACAF, países das Américas do Norte e Central, e da Ásia, ainda estão muito no início, mas a leitura é a que segue.
Primeiramente, lembremos que a CONCACAF tem os três países-sedes da Copa de 2026: México, Estados Unidos e Canadá. E a preparação das seleções para a Copa se inicia desde já.
O México teve bom início e não deve encontrar dificuldades para classificação, sendo historicamente a seleção mais forte da região. As demais duas vagas diretas e vaga na repescagem internacional devem ser disputadas entre Estados Unidos, Canadá, Costa Rica e Panamá. Lembremos que os Estados Unidos não conseguiram se classificar para a última Copa, que teve como zebra a primeira classificação do Panamá em sua história. Já o Canadá participou apenas da edição de 1986, e repetir a dose antes de sediar a competição seria incrível para o país.
Já na Ásia, apesar do torneio ainda estar na metade, Irã (10) e Coréia do Sul (8) já conseguem se despontar nas duas primeiras colocações do Grupo A, enquanto que a Arábia Saudita (12) se isolou na primeira colocação do Grupo B. A Austrália (9), tem uma folga considerável na segunda colocação do Grupo B, com Omã (6) e Japão (6) atrás. Aqui a atenção (e pressão) é toda no Japão, que vem se classificando sempre para a Copa nas últimas edições.
A última Copa com 32 seleções
Esperemos a conclusão das Eliminatórias desta que será a última Copa no modelo de 32 seleções com o qual estamos acostumados, já que na Copa de 2026, a primeira com três países-sedes, serão nada menos que 48 seleções!
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