No início do ano de 2020, no dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarava pandemia devido ao coronavírus. Várias cidades ao redor do mundo declaravam lockdown, toda a população foi orientada a ficar em suas casas, saindo apenas para tarefas essenciais, como supermercado e farmácia. Meses após o término do isolamento social, vários locais continuaram com suas atividades reduzidas, trabalhos em home office, tendo apenas trabalhos essenciais como presenciais.
Durante todo esse período se encontrou uma oportunidade de diminuir os impactos causados por nós, seres humanos, ao meio ambiente. A queda de emissões de gases pela diminuição da produção de grandes empresas, poucos veículos circulando, menos lixo nas ruas, praias mais vazias e limpas, etc. E em um primeiro momento isso realmente aconteceu.
Na cidade de Nova York, por exemplo, as emissões de monóxido de carbono de automóveis diminuíram 50% em comparação ao mesmo período do ano de 2019. O mesmo aconteceu nas grandes metrópoles brasileiras, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a poluição atmosférica caiu pela metade após uma semana de quarentena na capital paulista.
Porém, com o caminho para o fim da pandemia, em busca de recuperar as perdas econômicas as emissões já se intensificaram a níveis iguais ou superiores ao período pré-pandemia. Segundo o relatório divulgado pela ONU no dia 16 de setembro de 2021, “não há sinais de crescimento mais verde: as emissões de dióxido de carbono estão subindo rapidamente novamente depois de um declínio temporário devido à desaceleração da economia”.
A crise gerada pelo coronavírus oferece apenas uma redução das emissões a curto prazo, não chega a níveis consideráveis, e não haverá uma redução de gases efeito estufa até 2030 (prazo estipulado no relatório) se no plano econômico dos países não envolverem uma profunda descarbonização.
Ações rápidas e imediatas precisam ser tomadas para frear o colapso ambiental para o qual estamos seguindo. As nações devem priorizar o desenvolvimento sustentável, o qual foi discutido durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26). Com esperança, esperamos que todas as metas discutidas sejam cumpridas, enquanto isso, seguimos fazendo nossa parte para com o meio ambiente, juntando forças em ações individuais para torná-las coletivas.
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