A polinização é um processo importante para a manutenção do ciclo da vida na Terra. Graças a ela, a fauna e a flora conseguem se proliferar e diversificar. Para tal processo acontecer é essencial dois fatores: flores que produzem grão-de-pólen e agentes polinizadores. Ao longo da evolução as plantas desenvolveram uma série de características para que a polinização seja mais eficiente e garantida, como atração pelo cheiro e forma, mas neste artigo vamos focar na atração pelas cores.
Como enxergar cores é algo inato para a maioria das pessoas, pode parecer estranho que, do ponto de vista evolutivo, isso colabora com a sobrevivência dos seres vivos, já que a partir disso você consegue, por exemplo, distinguir alimento ou predador da paisagem, encontrar parceiros ou até uma presa se esconder do predador. As imagens abaixo mostram bem essa diferença.
Repare que ficou bem mais fácil enxergar a acerola quando se é possível ver cores.
Na natureza temos uma gama de flores com cores diferentes para atrair diversos polinizadores e a graça disso tudo é que alguns insetos e outros animais que atuam como esses agentes possuem uma percepção de cor diferente dos humanos fazendo com que enxerguem as cores das flores diferentes de nós. Portanto uma flor com cores simples e nada vibrantes, aos olhos de uma abelha, pode ser fascinante.
Isso acontece porque alguns animais polinizadores apresentam nos olhos estruturas capazes de captar raios ultravioleta e convertê-los em imagem.
Outro fator importante para a evolução das cores para os agentes polinizadores foi a questão do contraste com a paisagem para que o agente polinizador não confunda o que é flor com o que não é. Na revista FAPESP, a bióloga Amanda Martins disse
** É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita. O Jornal 140 não se responsabiliza pela opinião dos autores deste coletivo.“O contraste contra o fundo é importante para que as flores sejam visíveis e atraiam as abelhas. Quando está mais próximo do alvo, o inseto ativa os outros fotorreceptores para visualizar o contraste, o brilho e a saturação que as flores emitem”