A Ucrânia vem recebendo ajuda militar, financeira e humanitária de 31 países, principalmente de estados ligados à União Européia e membros do G7, desde que a Guerra da Ucrânia teve início em 24 de fevereiro de 2022. O Brasil não aparece na lista.
A fonte destes dados é o Instituto Kiel para a Economia Mundial (IFW-Kiel Institute for The World Economy) que criou um sistema de monitoramento intitulado Ukraine Support Tracker, um banco de dados de apoio do governo à Ucrânia compilado por pesquisadores ligados ao Instituto – veja aqui.
De acordo com o Ukraine Support Tracker, os EUA são o maior apoiador atual da Ucrânia, com o equivalente a 7,6 bilhões de euros desde o início da guerra (dados de 27 de março de 2022) – veja transcrição do presidente americano Joe Biden publicada pelo Jornal 140. De acordo com o IFW todos os países da União Européia somados totalizam 2,9 bilhões de euros, mais 1,4 bilhão de euros de instituições da UE e 2 bilhões de euros do Banco Europeu de Investimento. O Reino Unido, o Canadá e o Japão prometeram uma ajuda combinada de 1 bilhão de euros.
Segundo os organizadores do sistema de monitoramento, não é possível obter um “quadro completo” da ajuda militar à Ucrânia, já que os dados não são muitas vezes transparentes, até porque este tipo de ajuda explícita pode ter repercussões impensáveis por parte do Kremlin.
O que se sabe até o momento é que 10 países estão efetivamente contribuindo com ajuda militar – armas e equipamentos. São eles: EUA, Estônia, Reino Unido, Itália, Suécia, Alemanha, Canadá, República Tcheca, Polônia e Eslováquia.
Outros países como França (cujo presidente, Emmanuel Macron, teve a reeleição garantida hoje) e Japão tem contribuído de maneira expressiva com ajuda financeira e humanitária.
Sobre o Ukraine Support Tracker
O Ucrania Support Tracker lista e quantifica a ajuda militar, financeira e humanitária prometida à Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022. Concentra-se em 31 países, especificamente os estados da UE e os outros membros do G7. Doações da Comissão da UE e do Banco Europeu de Investimento também estão incluídas. O rastreador lista os compromissos de governo para governo; doações privadas ou de organizações internacionais como o FMI não estão incluídas nesta versão. Também não inclui os fluxos para países como, por exemplo, a Moldávia, que recebeu apoio financeiro para lidar com o grande número de refugiados ucranianos.
Com relação às fontes, o banco de dados combina fontes oficiais do governo com informações da mídia internacional. Os auxílios em espécie, como suprimentos médicos, alimentos ou equipamentos militares, são quantificados com base nos preços de mercado ou em informações de campanhas de ajuda anteriores. Em caso de dúvida, são utilizados os limites superiores dos preços.
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