O primeiro grande sucesso de Stephen King, foi Carrie, a Estranha, escrito em 1980, mostrando uma garota que quando chega à puberdade, ganha poderes de movimentar objetos com a força do pensamento (telecinesia), que ela usa para finalizar uma assustadora vingança contra os alunos que fazia bulling contra ela.
Depois vieram A Hora do Vampiro (1975), O Iluminado (1977), A Dança da Morte (1978), A Hora da Zona Morte (1979) até chegar em A Incendiária (1980), que ganhou o título de Chamas da Vingança quando foi adaptada para o cinema em 1984. O conta a história de Charlie McGee (Drew Barrymore) uma adolescente que começa a mostrar fortes poderes para criar chamas em qualquer situação.
Seus poderes vêm do fato de que seus país, participaram de experiências secretas do governo americano que induziram a criação de poderes mentais através de fortes drogas. Era uma questão de tempo que algum tipo de poder pudesse se manifestar na garota. E quando isso acontece, desperta o interesse dessa agência secreta que quer usar esses poderes como arma de ataque e defesa.
Não é preciso imaginar que alguma coisa não dá certo e Charlie começa a liberar sua fúria incandescente contra as pessoas que estão fazendo mal a ela e aos pais.
A história é muito forte e sabendo que a fonte é o conhecido mestre do terror literário, nada mais justo imaginar que o filme seguiria a mesma trilha. Não foi isso o que aconteceu. A culpa, infelizmente, ficou em cima de um diretor que não conseguiu tirar uma interpretação segura de Drew Barrymore, em seu primeiro filme depois de ter feito E.T. – O Extraterreste (1982).
Para a felicidade dos fãs de King, quando a Blumhouse Productions decidiu fazer uma nova versão de A Incendiária, era possível prever que o filme não seria comparado ao filme anterior. O motivo é que a Blumhouse é uma produtora que se especializou em filmes de terror e suspense como Fragmentado (2016), Corra! (2017), e a nova versão de O Homem Invisível (2020).
A nova versão traz a jovem Rya Kiera Armstrong para o papel de Charlie. Aos doze anos de idade, a garota demonstra que sabe como lidar com situações complicadas apresentadas por sua personagem. Ingênua num primeiro momento, Charlie vai se transformando num ser poderoso, na medida que percebe que ninguém pode derrotá-la.
A grande sacada do roteiro é não deixar Charlie parecida como uma Fenix Negra, dos X-Men, com um poder incontrolável, que acaba por possuí-la. Ao contrário, mesmo com 12 anos de idade, a personagem sabe quando parar e o que fazer após ser atacada pelos agentes do governo.
Diga-se de passagem, que as cenas onde ela liberta seus dons são violentamente quentes. O filme traz ainda Zac Efron, como o pai de Charlie e Gloria Reuben, como a líder da organização que quer Charlie como sua arma secreta.
Não é um filme inovador, mas como uma boa adaptação de um texto de Stephen King vale a pena assistir.
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Chamas da Vingança
Uma nova leitura de Stephen King, mostra que ainda existe espaço para personagens complicados e com poderes mortais no cinema.
PROS
- Boa adaptação da obra de Stephen King
- A jovem atriz RyanKiera Armstrong tem o perfil para o personagem
- Efeitos pirotécnicos digos de uma mente incendiária
CONS
- Não existem bons vilões como o texto original
Análise da Avaliação
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Roteiro
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Atuação
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Elenco
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Direção e Equipe
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Som e Trilha Sonora
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Figurino
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Cenários